As 4 grandes previsões para o mercado digital em 2026
O mercado digital está mudando e rápido, os modelos que funcionaram durante a última década estão entrando em colapso, e um novo ecossistema começa a surgir.
A seguir, você vai conhecer as quatro principais tendências que vão dominar o mercado digital 2026:
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O fim do mercado digital como conhecemos.
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O surgimento dos impérios pessoais.
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A era dos conteúdos virais randômicos.
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A geração Z desplugada.
Prepare-se, essas previsões mostram o rumo que o jogo está tomando (e quem vai ficar para trás).
1. O fim do mercado digital (e o nascimento do ecossistema de convergência)
Durante muito tempo, o “mercado digital” foi o sonho de quem queria liberdade. Criar um infoproduto, colocar ele para vender online e viver de vendas automáticas parecia o caminho ideal. Por anos, isso realmente funcionou. Mas o cenário mudou.
Hoje, vemos os maiores nomes do mercado fazendo liquidações massivas de seus cursos e mentorias. Pacotes que antes custavam R$ 7.000 agora aparecem em “combos” com 30 cursos por R$300. Essa prática é um sinal claro: o modelo de lançamentos e infoprodutos está se esgotando.
Por quê?
Porque esses criadores estão antecipando valor futuro, vendendo agora o que talvez não consigam vender depois. É a tentativa de extrair o máximo de caixa antes que o formato perca o valor.
E isso mostra que o mercado, como está hoje, está doente.
O que vem a seguir: o ecossistema de convergência
Em vez de viver de lançamentos e picos de caixa, o futuro pertence às empresas que constroem ecossistemas com receita recorrente, negócios sustentáveis, com base sólida e clientes fiéis.
O digital vai deixar de ser um mercado de “promoções” para se tornar um sistema de relacionamento contínuo e recorrência.
Quem continuar preso ao modelo antigo vai desaparecer junto com ele.
O mercado digital, como conhecemos, está acabando, mas o novo modelo, o ecossistema de convergência, está apenas começando.
2. Os impérios pessoais: o novo formato de autoridade
Nos últimos anos, bastava criar conteúdo sobre um nicho, rodar alguns anúncios e, com consistência, se tornar um “especialista”.
Assim nasceram centenas de influenciadores e infoprodutores que monetizaram suas marcas pessoais com cursos, mentorias e comunidades.
Mas isso vai mudar.
De agora em diante, as grandes fortunas não virão de infoprodutos, e sim de marcas construídas em torno de pessoas influentes.
Um exemplo é o MrBeast, um dos maiores YouTubers do mundo, ele não vende cursos, ele construiu um império de negócios reais, com marcas de chocolate, bebidas e restaurantes, tudo sustentado por sua imagem, mas sem depender dela.
É isso que chamo de impérios pessoais:
marcas que usam a influência como porta de entrada, mas que têm estrutura empresarial real por trás, equipes, operações, produtos e receita recorrente.
O novo “influencer” é, na verdade, um empresário com rosto público.
3. Conteúdos virais randômicos: a nova alavanca de crescimento
Durante anos, o crescimento digital foi sobre autoridade e consistência, quem publicava muito em um nicho se tornava referência, ganhava seguidores e vendia com base em reputação.
Mas os algoritmos mudaram. Hoje, a viralização é randômica. Um criador pequeno pode alcançar milhões de visualizações com um único vídeo, mesmo sem audiência.
Você provavelmente já viu isso: um perfil com 5 mil seguidores publica um vídeo que explode e chega a milhões de pessoas, isso acontece porque as plataformas agora priorizam o conteúdo, não o criador.
O que importa não é o tamanho da sua conta, e sim o quanto o seu conteúdo desperta curiosidade ou desejo imediato.
A autoridade construída ao longo de meses pode ser superada em um único post espontâneo e autêntico.
Um exemplo prático
Recentemente, comprei uma lanterna portátil que funciona com energia solar e manivela, ideal para acampamentos, postei nos stories apenas mostrando o produto e recebi mais de 100 mensagens perguntando onde comprar.
Sem ser especialista no assunto, apenas compartilhando algo real do meu dia a dia, gerei uma onda de interesse espontânea, se aquele conteúdo fosse um Reels com link de afiliado, teria gerado milhares de reais em vendas.
Isso é o poder dos conteúdos virais randômicos: qualquer pessoa pode gerar impacto, vender ou atrair atenção com algo simples e autêntico.
4. A Geração Z desplugada: o contra-movimento digital
Enquanto o mercado corre atrás de visualizações e curtidas, surge um comportamento oposto: a geração Z está se desplugando.
Essa geração cresceu online, mas agora busca experiências reais, conexões físicas e marcas com propósito, eles estão cansados de anúncios invasivos e de gurus digitais.
Querem marcas humanas, autênticas e sustentáveis, e preferem interagir com quem entrega valor de verdade, não apenas promessas.
Essa tendência vai impactar diretamente quem vive do digital, negócios baseados em hype e escassez artificial vão perder força,
enquanto empresas que oferecem recorrência, propósito e experiência real vão crescer.
Conclusão: o fim de uma era (e o nascimento de outra)
Estamos entrando em uma nova fase da internet, os infoprodutores que vivem de lançamento vão desaparecer, os influenciadores que não tiverem uma marca sólida por trás vão perder relevância. E os criadores que entenderem o poder dos conteúdos randômicos e da recorrência vão dominar 2026.
Por fim, o mercado digital não está morrendo, ele está evoluindo, quem entender o jogo agora, vai liderar o próximo ciclo.
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