Vale a pena brigar pela primeira posição no Google Ads em 2025?

A velha obsessão pela primeira posição

Durante muitos anos, aparecer na primeira posição dos anúncios do Google era praticamente sinônimo de sucesso. Os dados mostravam que quem ocupava o topo das buscas, especialmente no celular, recebia uma quantidade absurda de cliques e conversões.

No entanto, o Google Ads 2025 chegou. Com o início da inteligência artificial, a redistribuição dos anúncios e o novo posicionamento entre o topo e o final da página, a pergunta inevitável é: será que ainda vale a pena brigar pela primeira posição?

Mais do que uma curiosidade, essa é uma dúvida estratégica que impacta diretamente o custo por clique (CPC), o retorno sobre investimento (ROI) e a saúde financeira das campanhas. Portanto, entender o papel real da primeira posição em 2025 é essencial para quem quer fazer tráfego pago com inteligência.

A primeira posição ainda é relevante, mas não é tudo

Antes de tudo, sim, ainda é relevante aparecer entre as primeiras posições. Porém, já não é mais o divisor de águas que costumava ser. Antigamente, perder o topo da página significava perder vendas.

Hoje, com a inteligência de distribuição do Google e a personalização dos resultados, é possível ter boas conversões mesmo sem estar em primeiro lugar.

Em outras palavras, o topo ainda traz volume, mas não necessariamente traz eficiência. A primeira posição tende a custar muito mais caro, o que pode reduzir a margem de lucro e até distorcer a análise de ROI. Assim, vale a pena disputar esse espaço? Sim, mas com estratégia, e não com ansiedade.

Quando a primeira posição ainda faz toda a diferença

Apesar das mudanças, há nichos em que a primeira posição continua sendo praticamente obrigatória, setores altamente competitivos; como advocacia, seguros, turismo, e-commerce e cursos online, dependem da visibilidade imediata para gerar resultados consistentes.

Nesses casos, o comportamento do usuário é rápido e direto: ele clica nos primeiros resultados e dificilmente rola a página para baixo.

Contudo, mesmo nesses mercados, é fundamental analisar os números antes de tomar qualquer decisão, nem sempre o custo para ficar no topo se justifica, principalmente se as conversões não forem proporcionais ao investimento. Em muitos casos, a segunda ou terceira posição oferece um equilíbrio melhor entre custo e resultado, entregando performance sólida com CPCs mais controlados.

Como descobrir se o topo está realmente entregando resultado

O Google Ads 2025 oferece uma forma simples de verificar onde seus anúncios performam melhor, para isso, basta abrir a listagem de campanhas e clicar em “Segmentar” → “Parte superior vs. outros”.

Essa função mostra, em detalhes, onde cada conversão ocorreu: se foi na parte superior da página de resultados ou em outras posições.

Ao analisar esses dados, você pode descobrir padrões interessantes. Por exemplo, talvez todas as suas conversões venham da parte superior, o que indica que estar no topo realmente faz diferença.

Por outro lado, se houver conversões em posições mais baixas, é possível que você esteja gastando mais do que o necessário ao insistir na liderança absoluta dos leilões.

Essa análise é o primeiro passo para tomar decisões baseadas em dados, e não apenas em achismos ou tradições do mercado.

O que mudou com o fim da “posição média”

Quem trabalha com Google Ads há mais tempo deve lembrar da antiga métrica chamada posição média. Ela mostrava, de forma direta, a posição em que seu anúncio aparecia com mais frequência.

Com as atualizações da plataforma, essa métrica foi descontinuada e substituída por dados mais contextuais, como taxa de impressão na parte superior e taxa de impressão na primeira posição absoluta.

Essas novas métricas não apenas mostram onde seu anúncio aparece, mas também com que frequência ele conquista o topo. Isso permite uma análise mais detalhada e estratégica.

Por exemplo, você pode perceber que seu anúncio aparece na parte superior 80% das vezes, mas ocupa a primeira posição absoluta em apenas 20%. Esse tipo de informação ajuda a calibrar lances, avaliar custo-benefício e definir prioridades com muito mais precisão.

Como conquistar o topo sem explodir o orçamento

Agora que você sabe quando vale a pena disputar a primeira posição, o próximo passo é entender como conquistá-la de forma inteligente, existem dois caminhos principais para isso: melhorar o índice de qualidade e ajustar estratégias de lance.

Melhore seu índice de qualidade:
O índice de qualidade é o fator mais importante para vencer leilões de forma eficiente. Ele leva em conta a relevância do anúncio, a experiência na página de destino e a taxa de cliques esperada. Quanto maior o seu índice, menor será o CPC necessário para aparecer no topo. Por isso, invista em anúncios altamente relevantes, páginas rápidas e bem otimizadas, e segmentações precisas.
Use estratégias de lance com consciência:
Outra opção é usar a estratégia de parcela de impressão na parte superior ou parcela de impressão na primeira posição absoluta. Essas estratégias instruem o Google a priorizar posições mais altas, mas com um custo: quanto pior for o seu índice de qualidade, mais caro ficará o clique. Por isso, usar apenas o ajuste de lance, sem melhorar a relevância, é como tentar vencer uma corrida com o freio de mão puxado, você pode até chegar lá, mas vai gastar muito combustível no caminho.

Por que o índice de qualidade é o verdadeiro “atalho” para o topo

Muitos anunciantes acreditam que subir o lance é o único jeito de alcançar a primeira posição, mas, na prática, o que mais pesa é a qualidade do conjunto, palavra-chave, anúncio e página de destino.

Um bom índice de qualidade é o que garante CPC mais baixo, maior taxa de exibição e resultados mais sustentáveis. Além disso, campanhas com alta relevância costumam ter melhor taxa de conversão, já que o anúncio conversa diretamente com a intenção do usuário.

Assim, em vez de tentar “comprar” a primeira posição, construa o caminho até ela. A longo prazo, isso gera campanhas mais consistentes, previsíveis e lucrativas.

Conclusão: vale a pena, mas com estratégia

A primeira posição no Google Ads ainda é importante, mas já não é o único caminho para o sucesso. A obsessão pelo topo ficou no passado.

Hoje, o que realmente importa é equilibrar custo, relevância e resultado. Com dados, análise e um bom índice de qualidade, é possível alcançar ótimos resultados mesmo sem estar sempre em primeiro lugar.

Em resumo:

Analise seus dados de “parte superior vs. outros”.
Entenda seu nicho e a sensibilidade do usuário à posição do anúncio.
Melhore continuamente o índice de qualidade das suas campanhas.
Use estratégias de lance apenas como complemento, e não como solução principal.

Afinal, o jogo não é sobre quem aparece primeiro, mas sobre quem aparece melhor.

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